sábado, 28 de agosto de 2010

Olá.

Hoje é sábado, não é? Bem, vá lá, não é muito sábado, já que faltam dez para amanhã, domingo, e o ontem, sexta, já passou faz tempo. Provavelmente, estou atrasada na minha primeira publicação porque, segundo consta, são meus os dedos que vão sobrevoar este blog no melhor dia da semana, este que já acaba. Sábado, o tal. :-)

Para um primeiro post, como para um primeiro papo, minha apresentação: meu nome é Giovana Oliveira (de mãe) Santos (de pai) Manfredi (de ex-marido) e, por convenção internacional, apenas Giovana Manfredi que, sei lá, traz alguma coisa de italiana pura a esta filha de Santo André, porto sem mar que me viu desamarrar o navio aos 23 anos. Vim para o Rio de Janeiro, a terra que vive sob o Cristo de braços abertos, o país da Guanabara, quando me casei, dez anos atrás. O casamento com o Lúcio findou-se (bonito, um amor que viveu tudo o que deveria), mas o Rio continua aqui, pulsando no meu cotidiano.

Por efeito do acaso, do qual nunca sei se desconfio ou me devoto, fui trabalhar na televisão. Não, não sou uma atriz linda e de dentes perfeitos. Sou pesquisadora-aprendiz de roteirista. Trabalho principalmente com a Gloria Perez, o que me faz pular o coração de amor e a alma de contentamento. Não há mestre melhor, acredite.

Por (de)formação, jornalista, mas poucas vezes as redações viram as minhas sardas. Sou uma rapariga da literatura, tenho um caso com a palavra, sou amante de frases, que me serpenteiam e se enroscam nas minhas pernas sem pudor e, por vezes, eu acho que essa minha relação vulgar com o mundo simbólico do escrito é o que há de deus em mim. Minhas reportagens são, portanto, olhares cheios de vírgulas sobre os acentos agudos de alguém. Não sei nada de imparcialidade. Jornalismo literário é a minha praia. E agora estudo cinema na Escola Darcy Ribeiro. Uma delícia.

Sou tia de quatro rebentos lindos, Luisa, Júlia, Isabela e Enzo. Não apredi a vontade de parir, mas exerço a deseducação dos meus sobrinhos com afinco. Sou casada com o moço mais bonito da espécie, mais inteligente do planeta, mais companheiro da galáxia e, te juro, não entendo bem o que ele está fazendo comigo, como é que ele lida com essas mudanças de temperatura dentro de mim, ora glacial, ora vulcânica. Jefferson. O nome dele. Jefferson. Um pouco anjo, acho. Meu menino.

Bom, sou eu. Quer dizer, parte de mim. Espero falar de tudo um pouco aqui, numa misturada boa em gênero e tamanho: literatura, cinema, relações de cultura e afeto. E também de culinária (esta parte é mentira). Fale também, mano, que aí...aí dá certo.

Beijo e até sábado.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

SEGUIDORES: como ter um blog popular?



Começo o dia de hoje como se estivesse no escritório, moro no silêncio da casa de esquina onde os escapamentos dos carros batem no chão da curva, as pessoas passam como se não tivesse ninguém dentro de casa e contam em bom tom suas histórias, algumas brigam e outras cantam. Apesar do almoço estar me esperando para ser feito, eu ligo o computador e lembro que tenho dois blogs que dependem também de mim para ganhar destaque e leitores. Tem gente que tem blog ao mesmo tempo em que carrega a responsabilidade de empregos, mas a popularidade de sua arte na Internet não esquenta a cabeça com as obrigações habituais do mundo lá de fora; ela quer atenção especial!

Já tenho em mente há alguns dias o que quero postar neste espaço, tenho um relato que parece literatura da realidade e com certeza é informação que muita gente terá prazer em ler. Em uma de minhas conversas com o nosso colaborador Ivan Bueno, fui seduzida pelas palavras que motivaram o título de hoje. Se você estivesse dentro da casa de esquina, e se a casa fosse virtual, você escutaria ele e eu passando pela calçada e a conversa dele seria a seguinte:

“Comecei a postar meus escritos no blog há pouco mais de um ano, de forma totalmente descompromissada, sem divulgar nem nada. Um belo dia, ao conversar com uma amiga de adolescência, ela perguntou se poderia me mandar um texto para eu ler. Era um texto tão bom, mas ao mesmo tempo tão confessional que foi daí que surgiu minha coragem de me expor (afinal, quem escreve se expõe, sim!).

Falei para ela do meu blog, ela adorou e quis criar um. Nisso ela descobriu que outra amiga dela tinha acabado de criar um blog (ambas são professoras de literatura) e foram minhas primeiras seguidoras. No começo eram 3 seguidoras: estas duas e outra amiga. Depois foi aumentando aos pouquinhos, até que um site de Porto Alegre, que é de uma editora (Vidráguas), me descobriu e publicou um poema meu.

Há duas semanas recebi um convite pra ter um poema no próximo livro da dona do blog-editora e adorei a ideia. É um livro de poemas dela, que tem um estilo bem diferente do meu, e de convidados dela, dentre os convidados, eu e as minhas primeiras 3 seguidoras.

Hoje estou com 167 seguidores. Como cheguei a estes números? Não sei dizer, mas a Gê, minha amiga do início da história, diz que ‘quem escreve quer ser lido’ e descobri que é a mais pura verdade, como é verdade que quem toca quer ser ouvido, embora haja um grande prazer em tocar bateria sozinho, também. Na fotografia, idem, a gente quer mostrar. O artista, como diz o Jô (Soares), sem nenhum tom pejorativo, é um ‘exibicionista’. Nesta conotação com que ele fala, concordo. Queremos ser lidos, ouvidos, vistos. Se isto um dia virará negócio, não sei. Ficar importantes? (rs...) Quem sabe?”


Ivan e eu continuamos na calçada virtual até chegar à este blog SaraUCultiandO, depois de muito bate-papo. Meu escritório da internet, então, é como um trabalho prazeroso onde tenho uma imagem para cuidar:: participar de outros blogs, colaborar com comentários, ter contas nas redes sociais, responder e agradecer os resultados, ser solícito. É igual na vida, se estamos presentes na vida das pessoas, elas nunca faltam quando queremos companhia.


Ivan me ensinou também a lei da insistência. Ao mandar meu comentário pelo e-mail, ele me responde: “Volta lá no blog e posta este comentário lá, vai? Tenta, insiste, dá um tapa na CPU ou no notebook ou na tela ou em tudo, mas posta lá, vai? Promete, promete? Diz que sim, vai? (rs...) To aguardando e roendo as unhas enquanto espero. Pelamordedeusdocéu!”. Isso não é estratégia apenas, mas personalidade. Fica aqui a questão para discutirmos: quais seus recursos para conquistar seguidores? E se você é um seguidor, qual o tempo que reserva para ler seus blogs favoritos?


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Entrevista com a escritora Laura Elias: No Brasil ou fora do Brasil?




Estou de viagem marcada para a Irlanda, dia 20 de setembro de 2010 começo minhas aulas de inglês do outro lado do Oceano. Eu gostaria de ter publicado meu livro antes, mas agora eu o vejo como um trabalho (emprego mesmo) para a data do meu retorno ao Brasil. Deixarei tudo organizado para depois de um ano eu continuar neste caminho de distribuição de cópias pelas editoras, só que mais evoluída.

A questão é, se sabemos como o Brasil é na questão de reconhecimento artístico, você acha que no exterior seria possível aproveitar dos meus escritos de alguma forma?
Olha, tudo depende de para onde você vai, onde vai ficar e com que tipo de pessoas vai conviver. Se for para a Europa, isso é muito valorizado por lá. Nos EUA também se valorizam escritores, mas a mentalidade já é um pouco diferente. De qualquer forma, vale a pena tentar, claro! Manda brasa, não tenha medo. O máximo que pode acontecer é ninguém se interessar, mas para quem é escritor isso faz parte do ofício...rs.

Eu imagino que aqui ou lá, ao publicar o primeiro livro, será muito mais fácil publicar outros.
Não necessariamente, depende muito de muitos fatores. Este mercado, como lhe disse anteriormente, é um balaio de gatos.

Talvez seja um hobby, talvez seja um trabalho paralelo, talvez eu consiga encomendas...
Saia do talvez e resolva o que quer (conselho de mãe...rs.). Mas de qualquer forma, caso decida-se pela carreira, vale ter uma renda paralela até poder viver só de livros.

Laura Elias e Vanessa Moiseieff

Entrevista com a escritora Laura Elias III: Pseudônimos e E-book

“A estrada do escritor é a arte de equilibrar inspiração e comércio. São duas coisas tão antagônicas, às vezes, que parecem inconciliáveis, mas não são. Aí reside a grande arte, criar no mundo da alma, e viver no mundo dos pés”, esclarece Laura Elias. Enquanto ela fala, parece que um mundo novo se abre, com motivações e conhecimentos. Ao ler seus trabalhos nos endereços virtuais que ela disponibilizou no último post, pensei em mais duas questões:


O porquê dos pseudônimos


Laura, você usou alguns pseudônimos em livros que escreveu, você gostou ou preferia ter começado desde o início com o seu próprio nome?
Na verdade, quando topei fazer os livros, não sabia direito em que cumbuca estava enfiando a minha mão. A editora me explicou algumas coisas sobre o público alvo e juntos decidimos que talvez fosse melhor usar um pseudônimo. Na época a editora comercializava estes livros como sendo estrangeiros, então a autora tinha que tem um nome estrangeiro também. A verdade é que tanto eu quanto a editora não fazíamos a mínima ideia do público leitor de romances de banca. Estávamos carregados de preconceitos e estereótipos. E isso, afinal, acabou se tornando em algo bom, porque como eu imaginava que as pessoas que liam estes livros tinham pouco acesso a cultura e informação, eu caprichei nas pesquisas e procurei ser o mais fidedigna possível em minhas descrições. Só depois descobri que meu público é formado por advogadas, psicólogas, jornalistas, estudantes, etc. Não me arrependo dos pseudônimos, mas creio que eles poderiam ter acabado mais cedo.


Qual a vantagem de usar pseudônimo? Sabe, tenho vontade de usar Poeta Vane Kolyn em meu primeiro livro, mas por outro lado acho que devo pensar no marketing, meu nome!
Pseudônimo é legal quando você quer publicar alguma coisa totalmente diferente e já tem um público cativo em algum gênero específico. Por exemplo, você é poeta e publica seus poemas como Vane. Aí resolve escrever uma novela de mistério e suspense, nada a ver com suas poesias. Aí você assina com um pseudônimo, porque não compromete seu público. Tá cheio de autor famosos fazendo isso, sabia? A minha fase dos pseudônimos ficou no passado, mas é um recurso válido.


E-book o que?



Qual o melhor caminho, ou site, que você indica para lançar um e-book? Conhece o www.clubedeautores.com.br? Eu já pensei em publicar por ele, porém o livro ficaria muito caro para a pessoa comprar, até inviável...
O jeito pra estas publicações é você baixar a sua margem de ganho, para baixar o preço do livro. Eu recomendo entrar em contato com a GIZ Editorial, acho que eles prestam este tipo de serviço e é bem mais barato que outras editoras. Tenta lá. Tenho uma conhecida que lançou três antologias de contos de terror pelo Clube dos Autores, ela gostou do resultado final, mas também reclamou do preço e acabou colocando a margem dela em torno de R$2. O negócio é que a partir do livro publicado, você tem como fazer uma divulgação diferenciada e tudo mais. É investimento mesmo!


Caso eu publique como e-book, depois não conseguirei editora para publicá-los?
Uma coisa não invalida a outra. Eu tinha vários e-books a venda, e a editora decidiu que publicaria os textos e eu tirei os e-books do ar. Uma coisa não invalida a outra não, e e-book tem a facilidade de você poder mandar por e-mail para o pessoal que divulga literatura poética e tudo mais, sem custo algum. Tudo depende da estratégia que vc quiser seguir.

Entrevista com a escritora Laura Elias II: Divulgação na Irternet

Com a conversa e as respostas de Laura Elias para minhas dúvidas, ganhei mais motivação. Sobre tudo o que me falamos, desdobraram-se outras questões: 


Você acha que devo fazer esse movimento e divulgação mesmo sem estar com o livro publicado? Isso poderia ajudar a conseguir publicar o livro?
Laura Elias: Independente de ter publicado ou não, sempre vale divulgar seus escritos, tornar seu nome conhecido e conhecer pessoas da área. A internet é uma ferramenta que vale ser usada por ser fácil e depender preponderantemente de você mesma.  Óbvio que tendo o livro publicado fica mais fácil, mas isso não é determinante de nada.
Por que não faz um E-book e saí divulgando por aí? Todo caminho tem que ter um começo e o passo mais difícil é sempre o primeiro. Porém, se ele não for dado, nada existirá de concreto, e se tem uma coisa que eu aprendi muito bem nesta vida, é que ideais não vividos se transformam em monstros devoradores de alma. Eu sei que você quer ver seu livro publicado, impresso, etc, mas até isso acontecer, faça aquilo que lhe é possível fazer, use as ferramentas que tem na mão.


Eu tenho um blog que pratico um pouco da divulgação, mas é um hobby não muito  difundido ainda www.poetavane.blogspot.com. Consegui criar uma marca deixando por anos o nome Poeta Vane Kolyn em meu Orkut. As pessoas me conhecem, meus amigos sabem o que faço. Faço também um trabalho em redes sociais, no Facebook. Você tem blog?
Já estou seguindo seu blog e tenho blog sim (3 na verdade) e mais um site. Um dos blogs que tenho é para divulgar autores nacionais. Como já falei, estes contatos virtuais vão ajudando bastante. Os endereços são os seguintes:

www.crepúsculo-vermelho.blogspot.com (blog da trilogia que estou lançando)
www.letras-brasileiras.blogspot.com (divulgação de autores)
www.lauraelias.com.br (site como escritora)


Outra questão: não sei se abriu o arquivo do meu livro, mas eu tenho um problema com o título, mudei mil vezes e não sei se vai gostar. O que acha?
Eu li a leitura crítica de seu livro e passei os olhos pelo seu texto. Que você tem jeito para coisa é inegável, tem uma sutileza implícita em suas linhas que ultrapassa a intenção, é visível que a alma poética passeia ali.
Concordo com a pessoa que fez a leitura em um ponto: o nome precisa ser mudado, ficar mais forte, mais marcante. Você tem que agarrar o leitor pelo título. E também concordo que deve praticar muito o escrever e ler outros poetas para amadurecer o traquejo de narrativa. É o único jeito que eu conheço, praticar e praticar, ler e ler. Às vezes cansa a beleza, mas ajuda muito, viu?
  


Agradeço muito pela atenção dada por Laura Elias, e hoje já começo a pensar em levar mais profissionalmente o blog. Estou organizando meus pensamentos com tanta informação. Muito do que falamos são novidades, mas muito também são confirmações do que é ou não é certo no que fazemos, por isso é uma força a mais para trabalhar e encontrar os caminhos para realizar sonhos.

Sobre tornar a vida do escritor uma arte comercial, ou melhor, desenvolver o meu lado comercial: é o que estou tentando (sou até que empreendedora, mas nada negociadora).  Tornar meu livro de poesias mais comercial é algo que sai dos meus conhecimentos (a não ser que eu coloque o nome de "quem nunca viveu o primeiro amor"). Ler e praticar é sim a fórmula, mas acho que a mensagem desse primeiro livro é a de que qualquer um pode fazer!

PASSO A PASSO: Como publicar meu livro?

Uma editora me cobrou dez mil reais pelos serviços de publicação! É preciso alternativa. Qual? Mandar o material pelo correio para as editoras que publicam poesias? É possível publicar sem pagar nada? Uma Record por exemplo, cobra do autor? É esse um caminho para publicação?

Registre o livro na Biblioteca Nacional

Procure nos sites das editoras a forma de cada uma receber originais. Isso varia muito. Mande seu texto para eles e aí, a menos que conheça alguém em alguma editora que possa lhe abrir caminhos - senta e espera porque demora mesmo.

Editoras NÃO cobram para publicar, elas pagam você para isso. Só a publicação sob encomenda do autor é que é paga. Você encontra preços mais camaradas do que esse. Dê uma olhada no Clube do Escritor e na Giz Editorial, eles orçam para você.

Faça um blog, divulgue seu livro nele, coloque seus textos, poemas, etc. Chame (intime) seus amigos e familiares a participar, chame a atenção sobre você. Entre em comunidades, faça amizades e assim divulgue sua obra. Facebook, Skoob, Orkut, tudo vale!

Entrevista com a escritora Laura Elias: Como publicar meu livro?





A transparência é uma característica que ajuda o ensino, quando um mentor e um aprendiz estão conversando. Quando Laura Elias falou estar disposta para ajudar de forma efetiva no assunto escrever e publicar, iniciamos uma amizade e um trabalho que sempre está em pauta na mídia ou na Internet. Segundo ela, não existe um caminho certo para realizar o sonho de publicar um livro, porém é possível encontrar várias alternativas, e até viver do trabalho de ser escritor. Mas está confirmado: deve-se trabalhar muito para cada palavra realizada. As primeiras postagem do SaraUCultiandO serão questionamentos fundamentais na vida de ambas as participantes:

Inicio com um aperitivo de palavras destaque durante a “entrevista”: “Vou fazer uma observação aqui e espero que você entenda o que quero dizer com ela: não veja a profissão de escritor com olhos de poeta. Livro é uma mercadoria a ser vendida. Vendas se fazem com divulgação. Ter este conceito bem claro em sua mente ajuda ‘pra caramba’. Claro que a atividade em si, escrever, é outra coisa. Nela a gente desmancha o coração, dá o melhor, expurga a alma, etc e tal, mas precisa separar as coisas para não levar tombos, entende? Estou falando isso porque esta é a mentalidade das editoras, elas são uma entidade comercial, vivem das vendas e ponto final, não adianta olhar pra editora como filantropia, elas realmente não são assim. Elas investem em quem dá retorno, em quem tem apelo comercial ou já é meio conhecido, por isso digo para você divulgar seu trabalho nas redes sociais, se mostrar e mostrar seu talento”.


A dificuldade para publicar é uma escola


Vanessa Moiseieff: Terminei um livro de poesias, mas tenho encontrado muita dificuldade em torná-lo um produto real. Agrupei todas as minhas poesias em um arquivo e fiz uma narrativa entre elas, uma narrativa que explica o contexto e conta a história que as poesias não contam, uma história de amor!
Laura Elias: Oi, vanessa! Tudo em paz e vc? Que bacana este jeito que você arranjou de linkar os poemas, bem criativo! Vou começar desiludindo você...rs. Ninguém entende os caminhos da publicação de livros, nem mesmo os editores, isso é um balaio de gato. Livros magníficos não conseguem publicação, livros sem qualquer atrativo são publicados.


Sei que poesia não é o estilo mais vendido no Brasil, mas acredito na qualidade do meu trabalho e gostaria que as pessoas o conhecessem. Sei que ainda posso fazer algo melhor futuramente, quero continuar.
Não é bem assim, viu? Poetas são muito valorizados, justamente por termos poucos. Normalmente, são muito mais bem aceitos em círculos literários e intelectuais, tudo é uma questão de focar o público certo para seu estilo.


Sou jornalista e escrevo outros estilos, mas esse livro foi trabalhado durante minha vida toda, eu gostaria de concluí-lo. É uma história de primeiro amor, separação, depressão, espiritualidade, superação.  
É a sua história? Isso é um dado importante para chamar atenção para  a publicação.


Sim! Mas ser a minha história é um ponto positivo ou negativo? Porque?
Ser a sua história pode render boa promoção - ou não, como diria o Caetano - dependendo de como você apresentar isso. Perguntei porque textos autobiográficos sempre conseguem um olhar mais atento das editoras, desde que a história seja interessante.


Somente em saber que seu trabalho é escrever livros já me inspira, quero lutar pela minha estabilidade financeira, porém eu amaria escrever todos os dias, pesquisar, ler, conhecer, aprender e semear conhecimento.
Nem sempre dá pra viver só de livros, acho que isso é meio comum a todos os escritores, é sempre legal ter um trabalho paralelo até estar com a carreira consolidada. Aqui é Brasil, né? Aqui a banda toca diferente...