Começo o dia de hoje como se estivesse no escritório, moro no silêncio da casa de esquina onde os escapamentos dos carros batem no chão da curva, as pessoas passam como se não tivesse ninguém dentro de casa e contam em bom tom suas histórias, algumas brigam e outras cantam. Apesar do almoço estar me esperando para ser feito, eu ligo o computador e lembro que tenho dois blogs que dependem também de mim para ganhar destaque e leitores. Tem gente que tem blog ao mesmo tempo em que carrega a responsabilidade de empregos, mas a popularidade de sua arte na Internet não esquenta a cabeça com as obrigações habituais do mundo lá de fora; ela quer atenção especial!
Já tenho em mente há alguns dias o que quero postar neste espaço, tenho um relato que parece literatura da realidade e com certeza é informação que muita gente terá prazer em ler. Em uma de minhas conversas com o nosso colaborador Ivan Bueno, fui seduzida pelas palavras que motivaram o título de hoje. Se você estivesse dentro da casa de esquina, e se a casa fosse virtual, você escutaria ele e eu passando pela calçada e a conversa dele seria a seguinte:
“Comecei a postar meus escritos no blog há pouco mais de um ano, de forma totalmente descompromissada, sem divulgar nem nada. Um belo dia, ao conversar com uma amiga de adolescência, ela perguntou se poderia me mandar um texto para eu ler. Era um texto tão bom, mas ao mesmo tempo tão confessional que foi daí que surgiu minha coragem de me expor (afinal, quem escreve se expõe, sim!).
Falei para ela do meu blog, ela adorou e quis criar um. Nisso ela descobriu que outra amiga dela tinha acabado de criar um blog (ambas são professoras de literatura) e foram minhas primeiras seguidoras. No começo eram 3 seguidoras: estas duas e outra amiga. Depois foi aumentando aos pouquinhos, até que um site de Porto Alegre, que é de uma editora (Vidráguas), me descobriu e publicou um poema meu.
Há duas semanas recebi um convite pra ter um poema no próximo livro da dona do blog-editora e adorei a ideia. É um livro de poemas dela, que tem um estilo bem diferente do meu, e de convidados dela, dentre os convidados, eu e as minhas primeiras 3 seguidoras.
Hoje estou com 167 seguidores. Como cheguei a estes números? Não sei dizer, mas a Gê, minha amiga do início da história, diz que ‘quem escreve quer ser lido’ e descobri que é a mais pura verdade, como é verdade que quem toca quer ser ouvido, embora haja um grande prazer em tocar bateria sozinho, também. Na fotografia, idem, a gente quer mostrar. O artista, como diz o Jô (Soares), sem nenhum tom pejorativo, é um ‘exibicionista’. Nesta conotação com que ele fala, concordo. Queremos ser lidos, ouvidos, vistos. Se isto um dia virará negócio, não sei. Ficar importantes? (rs...) Quem sabe?”
Ivan me ensinou também a lei da insistência. Ao mandar meu comentário pelo e-mail, ele me responde: “Volta lá no blog e posta este comentário lá, vai? Tenta, insiste, dá um tapa na CPU ou no notebook ou na tela ou em tudo, mas posta lá, vai? Promete, promete? Diz que sim, vai? (rs...) To aguardando e roendo as unhas enquanto espero. Pelamordedeusdocéu!”. Isso não é estratégia apenas, mas personalidade. Fica aqui a questão para discutirmos: quais seus recursos para conquistar seguidores? E se você é um seguidor, qual o tempo que reserva para ler seus blogs favoritos?
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ResponderExcluirper seguindo,
per seguidores terás!
CULTivemos!
Val eu!
srsr bacana isso...
ResponderExcluirtbm não penseiq ue teria seguidores...
e olha, tbm tenho 167, rs
sigo aqueles que gosto de ler, que me trazem coisas boas e puras.
Beijos
Vanessa,
ResponderExcluirAntes de mais nada obrigado pelo convite em participar do blog. Nunca pensei que nossa troca de e-mails pudesse te parecer tão interessante.
Sou o "das quartas", mas nesta semana ainda não postei.
Estranho (e bom) me ver aqui relatado nestas palavras absolutamente despretenciosas e literalmtente amadores, bem como leterariamente amadores, mas o amadorismo vem de quem faz por amor, por gostar.
Como está escrito lá no meu perfil do Empirismo Vernacular, a escrita sempre foi uma forma de catarse, e assim continua.
Olha só que interessante: do dia em que te escrevi o que aqui foi transcrito até hoje meus seguidores passaram de 167 para 195. Só fica difícil dar o retorno devido (e muito merecido) a todos que me dão o carinho e a atenção de estar lá no blog. Que venham também pra cá discutir com a gente e somar.
A imagem do Forrest Gump calhou bem, mas que os seguidores não sejam assim, que raciocinem por que estão seguindo, tanto lá quanto aqui, e sei que é assim, ao menos dentro de nossas propostas. O megafone também foi uma imagem bem escolhida, pois é a proliferação das palavras e pensamentos o que se busca, o que se quer, por mais despretencioso que seja.
Vamos adiante saraucultiando pela vida afora. Alguns no Brasil, outros tomando Guinness na Irlanda por um tempo (vc me deve isso, hein? rs...), mas todos voltados para um mesmo fim: pensar e falar, profissional ou amadoramente, sobre a leitura, a escrita, as visões de mercado etc.
Beijo grande a todas.
Ivan Bueno
blog particular: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com